É que de repente a vida ficou foi mesmo assim:
SEM SENTIDO
CEM SENTIDOS
Um cansaço mortal toma conta de minha existência e acordar de manhã parece tarefa penosa.
A internet enche o saco e é muito. É muita realidade em letrinhas miúdas.
A TV, deus me livre, as mesmas caras brancas, os cabelos lisos, o sorriso largo. Ah, que saco!
Coisas pra fazer, eu tenho aos montes. Montes, montanhas.
Marco Feliciano já azedou e tá fedendo.
O medo do rumo que as coisas parecem tomar. A consciência da importância de uma ação política efetiva, contínua e urgente se digladia com a vontade expressa de cozinhar, dormir e fazer tricô.
Será a chegada dos 40?
Será coisa minha ou o mundo tá mesmo chato pra burro?
Não sei. Sei que o sono é grande e a graça da vida, apenas nas pequeninas coisas.
É isso. Só isso.