quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FIM DE ANO, FIM DE FEIRA...


É gente, por mais que eu tenha prometido voltar logo, com textos melhores, mais cuidados eu acabei por abandonar o meu blog querido por muito mais tempo do que esperava.

Até a semana passada o motivo era a correria, pintando e arrumando a casa, encerrando semestre de doutorado, de aulas, viajando, enfim, aquela correria.

Agora o omotivo é o oposto. Maresia total. A canseira bateu, fiquei meio lerda e passo dias sem acessar a net. Minha família está aqui e a vida real é bem mais interessante do que a tela.

Porém, mais uma vez eu mecomprometo que no comecinho do ano que vem eu volto, com novos temas, novos textos, novas questões futebolísticas, artísticas e de vida, que eu adoro falar dela, pra gente conversar.

Foram tantas coisas neste ano bom de 2010. O blog, por exemplo, é de 2010 e foi uma grande realização para mim. E a primeira divisão? Afi... E Dilma? E todos os amigos maravilhosos que fiz e que reencontrei.

Bom, isso não é um post de retrospectiva, por isso vou ali que 2011 tá na janela.

Um grande abraço a todos, boa virada de ano. Muita alfazema, sal grosso, praia e incenso porque se não fizer bem, mal num faz.

Paz e saúde pra nós. O resto, é trabalhar.

É bolada, 2011!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

COQUEIRO E CHAMINÉ

Eu desenho desenho de crianças.
Esses desenhos foram decalcados em mim.
Procuro minha própria chaminé.
Mas o que encontro é a antena espinha de peixe.
Encontro o tanque do banheiro, de cuja laje mijei pra baixo tentando ser homem.

Minha mãe pegou, bem na hora.

Tem lodo na telha de amianto.
Antes de amianto, se chamava de eternit.

O céu de Conquista é tão bonito.
O sino toca às seis da tarde.
'No crepúsculo do dia: seis horas' dizia o homem da Rádio Clube FM.

Borboletas, flores e estrelas. Acho que nasci para flutuar. Não sou nunca pássaro, não sei voar. Avião, não gosto nem de olhar.

Bolsas grandes são como a vida: bonitas, cabe-se de tudo, mas sempre é uma bagunça, não encontro nada.
Mas tudo nela combina comigo.



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TORÇO - RASTROS DO PROCESSO CRIATIVO - fotos hannah abnner








segunda-feira, 29 de novembro de 2010

TORÇO - TORSO

Estou envolvida com uma atividade da Profª Sônia Rangel, da disciplina Processos de Criação, onde nossa tarefa é conseguir transportar o princípio da nossa pesquisa numa obra artística.

A atividade é desafiadora e tem-me tomado boa parte do pouco juízo que eu tenho. Mil coisas passam pela cabeça, dessas mil a gente dispensa mil e quinhentas e pensa de novo e se pergunta e não se responde, e visualiza o negócio pronto.

Eu tenho um processo de criação que experimentei em Solo Compartilhada que parte muito de idéias e que se concretiza apenas diante do público. Vou organizando no papel roteiros do que penso ser o produto final e isso vai tomando rumos sempre diferentes. Essa criação acontece todo o tempo. No ônibus, no banho, no vaso sanitário, dormindo, lavando louça...

Não consigo ensaiar as cenas, apenas visualizá-las. Texto meu, também não consigo colocar a priori. Escolho textos de autores com os quais identifico proximidades no processo de criação e eles preenchem algumas cenas. Pela experiência do Solo, textos meus acabam entrando, mas sempre na cena, no quente, na frente do público.

Não estou inventando nada. Minha inspiraçaõ primeira vem de Denise Stoklos e seu Teatro Essencial. Além de fazer um trabalho baseado em minhas próprias experiências, o que trago de mais forte é o fato de viver o risco ali, na frente do público, onde o processo artístico há de acontecer, como um artista de circo, que vai para o tudo ou nada. Claro que meu risco é menor, posto que não é físico, mas garanto, o medo é enorme, e, segundo Denise, é essa possibilidade do medo do ator, de sua coragem de encarar o risco que atrai o público.

No caso do futebol o momento é parecido. O jogador que passa pelo túnel que o leva do vestiário ao gramado, não sabe qual seráo resultado. Não sabe se vai fazer ou perder um grande gol. Não sabe se vai se machucar, levar uma porrada definitiva. Vai para o tudo ou nada. Uma verdadeira batalha de baixo do sol, regada a muito esforço físico. E isso encanta!!!

Bom, amanhã estarei entregue à força da cena. A inspiração inicial e que permanece como princípio é a imagem do alambrado e a polissemia da palavra torço (que se manuscrita podemos brincar com o s ou com o ç, alcançando diferentes sentidos).

Torço para que meu torso aguente.
Torço para que um torço me enfeite!

domingo, 28 de novembro de 2010

HOJE TEM ESPETÁCULO? TEM, SIM SENHOR!!!!

Final de ano é uma delícia em Salvador.

É verão, praia, ensaio de bandas para o carnaval.

Mas, é também a alta temporada de estréias no teatro.

Assim, tô aqui com a agenda cheia, sem dar conta de tudo. Tem O pragama, de minha querida amiga Ana Paula Antar, que eu já divulguei aqui. Tem As velhas, do meu mestre querido Luiz Marfuz. Tem Dias de Folia de Jacyan Castilho, tem A Bença do Bando, tem a volta de MPB - Mulher Popular Brasileira da É cia de Teatro, parceira de Cooperativa. E tantas outras que eu com certeza deixei de comentar mas que vale a pena conferir. Em época de final de campeonatos de futebol, o teatro baiano decola e nos convida a experimetarmos essa vida paralela, esse universo possível, esse mundo inventado.

A gente se encontra por aí, numa platéia qualquer desses teatros soteropolitanos.

sábado, 20 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

DEZ MINUTOS COM PAULO HENRIQUE ALCÂNTARA

Que Paulinho é um grande amigo, muita gente já sabe.

Juntos já fizemos poucas e boas no Cuida Bem de Mim, no doutorado, na vida. Uma grande amizade, regada a muita admiração profissional. Seus espetáculos têm a marca do primor e do cuidado. Bolero, Lábios que Beijei e a mais recente Partiste são algumas das obras escritas e dirigidas por ele. No doutorado, onde somos colegas, Paulinho investiga o lugar da memória na escrita dramatúrgica, de onde deverá sair, para nosso deleite, uma trilogia dramática.

Aproveitem este momento descontraído, com uma linda paisagem verde no assustador frio de novembro na Paulicéia Desvairada.

Clique no link: http://artedoespectador.blogspot.com/p/dez-minutos-com.html

sábado, 6 de novembro de 2010

EU E RUBEM ALVES - A Professora e sua referência



"As nossas escolas são construídas segundo o modelo das linhas de montagem. Escolas são fábricas organizadas para a produção de unidades psicossociais móveis, portadoras de conhecimentos e habilidades. Esses conhecimentos e habilidades são definidos por agências externas para quem se conferiu autoridade para isso. O modelo estabelecido por estas agências é obrigatório e tem a força das leis. A unidade psicossocial móvel que ao final do processo não estiver de acordo com tais modelos é descartada. É a igualdade que atesta a qualidade de nossos serviços. Não tendo sido aprovado no teste de qualidade-igualdade a unidade psicossocial móvel não recebe o certificado ISO 12000, vulgarmente conhecido como diploma." RUBEM ALVES

Quem já viu o espetáculo Solo Compartilhada ou já participou de uma aula minha, muito provavelmente conhece estas palavras. Ou conhece as aventuras de Dinéia dos vídeos dos quatro pilares, ou algum conto ou aforisma deste bondoso senhor.

Rubem Alves é teólogo, professor, escritor, filósofo e grande comentador da experiência humana. Também dizem que ele é escritor de livros de auto ajuda, o que significa dizer, hoje em dia, que é filosofia barata. Eita que a distinção corre solta e não pode um autor ficar popular que já se esmeram os sabidinhos em lhe tirar qualquer valor, menosprezando não só o público que o consome, como também sua obra a partir daí.

O fato é que muito do que digo e pratico no meu dia-a-dia com meus filhos, com meus parceiros de educação (estudantes e colegas), com amigos, conhecidos e mesmo desconhecidos é fruto das leituras que faço de sua obra. De linguagem simples e sabedoria impressionante, os textos de Rubem Alves assustam pela possibilidade de realidade que exalam quer de suas páginas quer de sua doce voz.

Esta foi a segunda vez que tive o prazer de assistir a uma de suas palestras. Na outra, não tinha ido tão longe. Desta vez eu dirigia um evento da SEC (TAL - Tempo de Arte Literária - um concurso de Literatura realizado pelo Governo do Estado em todas as escolas da capital e interior - sim, importantes coisas tem sido feitas sem que a gente conheça) e a abertura seria feita por ele.

Tive o prazer de conhecê-lo no hotel onde almoçamos e trocamos algumas palavras. Peguei autógrafo e tirei umas fotos, como toda tiete. Depois de José MIguel Wisnik e Rubem Alves, quem sabe eu não encontro Adélia Prado lá em Sampa? Ou outro autor que me convoca? Bom, é isso. Curtam as fotos e visitem o site. Se for auto-ajuda, melhor, que todo mundo precisa né. Já imaginou o sofrimento de viver à base de auto-boicote? Se  você tiver experiência no meio pedagógico, com certeza vai encontrar importantes pistas de uma educação radicalmente nova, radicalmente mesmo.

P.S.: Para os desavisados, a loira sou eu mesma, viu. Coisas de mutante. O rosa é da foto, na hora a gente tira com o equipamento que aparecer, meu bem.








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domingo, 31 de outubro de 2010

ENFIM, A ALEGRIA E A ESPERANÇA

CAROS LEITORES.

É uma satisfação imensa vir aqui para dizer que minha candidata Dilma Roussef venceu as eleições.

Escrever sobre sua vitória é escrever sobre a vitória de uma geração que lutou bravamente contra uma ditadura cruel e sanguinária. A vitória de uma classe social que se impôs e disse NÃO à Globo e seu jogo sujo. Que respondeu muito claramente, dizendo: EU ASSISTO ÀS SUAS NOVELAS MAS NÃO COMPRO SEU  DISCURSO.

É a vitória dos artistas, professores, intelectuais, blogueiros, tuiteiros, ativistas sociais que no momento mais difícil da campanha, arregaçaram a manga e partiram para a batalha.

É a vitória do PT, um partido que apesar de suas contradições e de sua banda podre, não pode se reduzir a isso, muito ao contrário, deve ser livrar destes falsos petistas e devolver a dignidade que é seu maior patrimônio.

É a vitória da mulher, que agora mais do que nunca vai seguir lutando pelos seus direitos, por novas conquistas e por mais humanidade na vida pública.

O discurso de Dilma me emocionou muito, mesmo que por motivos diferentes do que o discuros de Lula em suas duas outras vitórias. Não espero que ela seja um novo, Lula. Espero que ela seja plenamente Dilma. Braços forte, porque para uma mulher chegar a onde ela chegou, com certeza ela teve que lutar duas vezes mais do que um homem teria precisado.

Sinto que será um belo governo, diferente do de Lula, sim, mas um governo tão bom quanto, a seu modo.

A emoção agora, até janeiro, será a despedida de nosso grande Presidente, que mudou a cara deste país.

HOJE ESTOU MUITO FELIZ. NÃO POR ACASO A ESPERANÇA VENCE O MEDO.

Há uma semana fui vítima de uma grande violência, mas hoje, posso dizer que estou mais calma e esperançosa. Espero que muito em breve as pessoas não precisem entrar na casa dos outros para roubar-lhes o que conquistaram tão duramente. Espero que pessoas como a que entrou em minha casa, possam encontrar um caminho diferente deste e que nenhum de nós dois tenha que passar por uma situação de medo como foi para mim e como deve ter sido para ele.

Que todos nós, tenhamos o mais breve possível, o direito de termos nosso próprio dinheiro para que possamos garantir nossas necessidades básicas, nosso lazer, nossos prazeres.

Meu Ronaldo - como era chamado meu notebook, conhecido por todos os meus amigos - foi com o ladrão. Ficou uma tristeza, o medo, um vazio besta. Diria até que uma saudade... Enfim, cada um com suas loucuras.

Mas, hoje é dia de alegria.

Hoje é dia da Vitória (Amanhã é dia do Bahia!!!)

VAMOS EM FRENTE, MINHA PRESIDENTA! EU TENHO ORGULHO DE NOSSA VITÓRIA!!!



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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A GENTE CANTA josé PADILHA

Mesmo com algum atraso, assisti hoje ao filme TROPA DE ELITE 2 - O INIMIGO AGORA É OUTRO e definitivamente quero comentar.

Sei que muito já se disse sobre este filme, sobre sua importância para o cinema nacional, sobre a atuação brilhante de Moura que o coloca em lugar único no nosso cinema, mas o que eu quero cantar aqui é a coragem deste Padilha, e a força  impactante de sua obraem termos políticos, sociais, pedagógicos e tudo o mais que diga respeito à nossa vida nesta sociedade. Eu quero canta JOSÉ PADILHA.

Uma obra de arte impõe-se em seu tempo e o atravessa por reunir em sua constituição uma série de fatores formais, temáticos e contextualizados que fazem dela um marco na sociedade que a origina. E questões sérias como as tratadas em Tropa de Elite, já no original e muito mais no 2, só podem ser tratadas livre e incondicionalmente no ambiente estético. As outras dimensões da nossa vida coletiva: educação, política e todas as ciências são apenas parte e, portanto, sempre tratarão apenas as partes. É a obra de arte a experiência integral da humanidade, seja ela em termos particulares ou públicos.

Foi através de Francisco Duarte Jr (não sei se é idéia original dele) que me dei conta de que a única coisa que encontramos em todas, mas absolutamente todas as civilizações que por sorte conhecemos hoje, através da História é a presença da PRODUÇÃO ARTÍSTICA. Se elas mudam - e mudam - jamais, porém, elas deixam de existir.

Digo isso, para reforçar a minha tese de que apenas neste ambiente que nos unifica como humanos, podemos alcançar questões por todas as vias.

Assistir a TROPA DE ELITE 2 é uma experiência que nos convoca a pensar, que nos entrega ao phatos, que nos tira a calma e a apatia, que nos comove pelo sentimento, que nos impacta pelos sentidos. Unindo direção, efeitos visuais, uma dramaturgia que se assume enquanto tal, evitando o risco de tornar-se um documentário árido, o filme não salva ninguém e ao mesmo tempo salva a todos nós.



Jogando com nossos vícios de espectador acostumado a ser conduzido, não mais sem saber, passamos do repúdio ao defensor de direitos humanos e empatia com o carrasco nazista, como ele mesmo diz, através de constantes tobogãs de emoção, ao retorno da empatia com o bom deputado humanista, ao ódio à polícia, que já estávamos gostando de certa forma, até que o próprio Nascimento diz: A polícia tem que acabar!!! Quem tá certo ou quem tá errado, quem sobra desse lixo todo é uma resposta difícil e nem sei se relevante... A reflexão sobre tudo isso, pra mim já é o maior trunfo do filme.

E esse vai e vem de sensações não pára e a gente se remexe na cadeira, porque é nosso país que está na tela, porque é de nossas próprias vidas que estamos falando.

TROPA DE ELITE 2 é um ato político e a coragem destes artistas, todos eles de jogarem tanta coisa no ventilador é realmente louvável e repito, ainda mais louvável quando se trata de uma obra de arte. Vale por mais de mil discrusos, por mais de mil teses e dissertações, vale por qualquer ação comunitária que se pense fazer. Ele sacode a sociedade e tenho certeza que todos - todos - os envolvidos ali, em qualquer papel que se identifiquem, vão dormir desconfortável, mesmo que por motivos diferentes. Este filme é um ultimato ao Brasil. É um desafio às autoridades,a os governos, às pessoas de bem (de verdade, não no slogan) e às do mal. É uma convocatória, ao dizer pra gente tudo aquilo que a gente, se não sabia, desconfiava.

Ele diz o que parecia que ninguém teria coragem de dizer.

E eu me pergunto como será o Brasil depois de TROPA DE ELITE. Quem vai aceitar o desafio e discutir de fato sobre os rumos que estamos tomando?

Um outro ponto importante do filme, é que ele nos revela que a grande força mesmo, está no povo, na opinião pública e sobretudo, no VOTO. Ainda que manipulado, enganado, corrompido, vilipendiado, explorado, o povo é a grande força e é através de sua manipulação que os grandes bandidos da nação fazem sua sujeira vil. Imaginemos, se utilizássemos toda nossa força pela construção de um Brasil melhor. Ah, meu Deus, seria lindo!!!

Haverá um TROPA DE ELITE 3? Haverá sempre um outro inimigo? Ou será que José Padilha, ainda tão novo, terá o prazer de, um dia, fazer um filme onde registre com toda a maravilha de sua mão artística, um grande passo que tenha levado nosso país a outras realidades?

Se politica e socialmente não avançarmos (eu acho que avançaremos), sei que esteticamente vamos seguir adiante. José Padilha nos encoraja a fazermos obras que não façam concessões. Obras que sejam, integralmente, o grito do artista, a concretização daquilo que ele percebe como mundo e mais que isso, daquilo que ele sonha como mundo.

Muio obirgada José Padilha, por esta obra desconfortável.



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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

NUM BLOG DE ARTE, NÃO DÁ PARA NÃO PUBLICAR, NÉ - Manifesto de artistas e intelectuais Pró-Dilma

Procure seu ídolo na lista abaixo:


Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff.

Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.

Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.

Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.

Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.

 Leonardo Boff
Chico Buarque de Holanda
Oscar Niemeyer

Adriana Silva Amorim - atriz (de gaiata aqui!!!)
Aderbal Freire Filho – diretor de teatro
 Alcides Nogueira - dramaturgo e roteirista
 Alcione – cantora
 Aldir Blanc – compositor e escritor
 Álvaro Caldas - jornalista
 André Klotzel - cineasta
 André Luiz Oliveira – cineasta
 Anne Pinheiro Guimarães - cineasta
 Antonio Grassi - ator
 Argemiro Ferreira – jornalista
 Armando Freitas Filho - poeta
 Beth Carvalho - cantora
 Beth Formaggini - cineasta
 Carlos Augusto Brandão - crítico de cinema
 Carlos Brandão
 Celso Frateschi – ator e diretor
 Chico Cesar – cantor e compositor
 Chico Diaz – ator
 Claudia Furiati - historiadora e escritora
 Cláudio Baltar - diretor
 Cristina Buarque de Hollanda - cantora
 Daniel Sroulevich - produtor cultural
 Daniel Souza - designer e empresário
 Dau Bastos
 Débora Duboc - atriz
 Dira Paes - atriz
 Domingos de Oliveira – diretor teatral, cineasta
 Edgar Vasques - cartunista
 Ednardo – cantor
 Eduardo A. Russo - crítico de cinema
 Eduardo Figueiredo - produtor teatral
 Eric Nepomuceno – jornalista e escritor
 Eryk Rocha - cineasta
 Felipe Radicetti - compositor
 Geraldo Moraes - cineasta
 Geraldo Sarno – cineasta
 Helena Sroulevich – produtora cultural
 Helvécio Ratton - cineasta
 Hermano Figueiredo - cineasta e cineclubista
 Hugo Carvana – ator e cineasta
 Janaina Diniz - cineasta
 Jesus Chediak – cineasta e produtor cultural
 João Bosco – cantor e compositor
 João Carlos Couto - dramaturgo e produtor teatral
Joel Pizzini - cineasta
 Jorge Furtado - cineasta
 José Joffily – cineasta
 José Roberto Filippelli
 Karen Acioly – diretora teatral
 Leopoldo Nunes - cineasta e agente cultural
 Lucélia Santos - atriz
 Lucia Murat – cineasta
 Lúcia Rocha - curadora do Tempo Glauber
 Lucília Garcez - escritora
 Lucy Barreto - produtora
 Luiz Antonio de Assis Brasil - escritor
 Luiz Carlos Barreto - produtor
 Luiz F. Taranto - jornalista e cineasta
 Luiz Fernando Lobo - diretor artístico e ator
 Luiz Fernando Lobo – diretor teatral
 Manfredo Caldas - cineasta
 Marcelo Laffitte - cineasta
 Marcos Souza – músico e jornalista
 Mariana Lima - atriz
 Marieta Severo - atriz
 Marília Alvim - cineasta
 Mario Prata - escritor e dramaturgo
 Marquinhos de Oswaldo Cruz
 Maurice Capovilla – cineasta
 Maurício Machado - ator
 Miguel Paiva – escritor e humorista
 Miúcha - cantora
 Monarco - compositor
 Monique Gardenberg - cineasta e diretora de teatro
 Murilo Salles - cineasta
 Nelson Sargento - compositor
 Nei Lopes – compositor e escritor
 Noilton Nunes - cineasta
 Orã Figueiredo – ator
 Otto - cantor e compositor
 Paloma Rocha - cineasta
 Paula Gaitán - cineasta e artista plástica
 Paulo Betti - ator
Paulo Halm – roteirista e cineasta
 Pedro Cardoso - ator
 Raquel Karro – atriz
 Ricardo Cota - Secretário de Comunicação do Governo do RJ
 Ricardo Cravo Albin – jornalista, historiador e pesquisador da MPB
 Ricardo Gontijo – jornalista
 Roberto Berliner - cineasta
 Roberto Gervitz - cineasta
 Roberval Duarte - cineasta e produtor cultural
 Rodrigo Targino - cineasta
 Rogério Correa - cineasta
 Rosa d`Aguiar Furtado – jornalista, tradutora (viúva de Celso Furtado)
 Rosemary – cantora
 Rosemberg Cariry - cineasta
 Rubens Rewald
 Ruth Rocha – escritora
 Ruy Guerra - cineasta
 Sandra Werneck - cineasta
 Sara Rocha - produtora de cinema
 Sérgio Sá Leitão - cineasta e administrador público
 Silvia Buarque de Hollanda - atriz
 Silviano Santiago – escritor
 Sylvia Moreira - arquiteta, cenógrafa
 Tata Amaral - cineasta
 Tia Surica -sambista
 Toni Venturi - cineasta
 Tuca Moraes – atriz e produtura
 Vania Cattani - cineasta
Vicente Amorim - cineasta (e não é o meu filho!)
 Vinícius Reis - cineasta
 Vladimir Carvalho – cineasta
 Wagner Tiso - músico
 Walter Carvalho - cineasta
 Walter Lima Júnior - cineasta
 Wolney Oliveira – cineasta
 Ziraldo – desenhista, escritor, pintor
 Frei Betto
 Emir Sader
 Álvaro Caldas - jornalista
 Ricardo Gontijo – jornalista
 Regina Zappa – jornalista e escritora
 Padre Ricardo Rezende
 Paulo Sergio Niemeyer
 Vera Niemeyer
 Tulio Mariante - designer

E aí, já fez sua escolha?

domingo, 17 de outubro de 2010

PESQUISADORES DE TEATRO: ESPECTADORES DE FUTEBOL

Clique na JANELA Dez minutos com... e assista aos vídeos da disiplina de Doutorado chamada Seminário Interdisciplinar de Pesquisa, onde os pesquisadores socializam eperiências próprias de seu objeto de estudo. No meu caso - como estudo futebol e teatro (a recepção estética destes dois fenômenos) peguei a galera e evei pra muvuca. Foi demais!!!

Clique logo ali em cima, tá vendo, DEZ MINUTOS COM... e acompanhe. Depois, se quiser, volte aqui e comente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dilma, desmascare o Serra. O Serra não tem escrúpulos

PAULO HENRIQUE AMORIM

A eleição não é para Madre Superiora
O programa do Serra no horário eleitoral deste sábado terminou com uma senhora paulistíssima, com jeitão de “amiga” da D. Ruth, a folhear um jornal e insinuar que a Dilma é responsável por tudo o que se atribui à Erenice.
A “amiga” da D. Ruth, portanto, substituiu a denúncia do aborto do programa da manhã.
Das duas, uma.
Ou as pesquisas de qualidade mostraram que o aborto era um tiro no pé.
Ou ele considera que o mal à Dilma já está feito.
Ele fixou a imagem de santarrão e, ela, de criminosa, cúmplice das aborteiras mais inescrupulosas.
O PiG (*) desta manhã de domingo – tanto a Folha (**) quanto o Estadão – anunciam que, nos debates, ele será o “Serrinha é do bem”.
Será o Serrinha santarrão, Tartufo, nas entradas ao vivo no horário eleitoral.
Mas, na hora de o trator passar por cima da cabeça da mãe, o Serra estará em off: virá no fim do horário eleitoral, colado ao programa da Dilma, ou, rotineiramente, o PiG (*) usará o trator por ele.
O PiG (*) se dedica, por ele mesmo, a desconstruir  a Dilma.
E a Veja a procurar companheiras de cela da Dilma.
O Conversa Afiada diz isso porque recebeu a informação de que a Veja procurou uma companheira da Dilma de cela.
Só que ela mandou a Veja procurar a Dilma.
Na Veja que está nas bancas, vê-se que ela foi atrás de uma companheira da Dilma, a Tupamara.
Mas deu com os burros n’água, porque o desmentido à reportagem saiu antes de a Veja chegar às bancas.
Mas, a Veja ainda achará o torturador da Dilma, como a Folha (**) achou que o homem trabalhava para os órgãos de repressão e fazia a campana da Dilma.
É uma divisão de trabalho.
O PiG (*) faz o trabalho sujo e o Serra faz o trabalho limpo.
Essa estratégia é a de quem está numa situação de vida ou morte.
Serra dá as últimas braçadas de um afogado.
Ele fará QUALQUER COISA !
Ele não tem escrúpulos !
No dia 1º. de novembro ele vai ser líder de um partido minoritário, que definha a cada eleição: a UDN de São Paulo.
Ele tem que passar o trator agora.
E a Dilma tem que tirar as luvas.
Tem que responder aos ataques.
A campanha “economicista” já colou.
O Lula pendurou o FHC no pescoço do Serra.
Só que a guerra mudou de trincheira.
Foi para o aborto e a Erenice.
Para a destruição de caráter.
E o Serra, aí, é impune.
Ele pode fazer qualquer coisa, porque o PiG (*) lhe dá refugio, o protege.
Uma primeira providência da Dilma seria, por exemplo, afastar as vozes do Bom Senso, os Moderados e Bem-Pensantes.
O Palocci, por exemplo, que quer ganhar a eleição e continuar a escrever para o Globo.
Ganhar sem sujar as mãos.
O Cardozo, por exemplo.
Ele quer ganhar a eleição sem brigar com ninguém, ir para o Supremo com o apoio do PiG (*), e ser convidado para jantar com o Daniel Dantas.
Esse é o pessoal “bonzinho” da Dilma.
Que faz qualquer negócio para sair nas paginas amarelas da Veja, dar uma entrevista à urubóloga Miriam Leitão na GloboNews.
Tem que fazer como a Marilena Chauí: não falar mais com o PiG (*).
Não fosse o precedente do Golpe do Ali Kamel em 2006,  seria até uma boa ideia não ir ao debate da Globo.
Clique aqui para ler “O primeiro Golpe já houve, falta o segundo”.
O único púlpito da Dilma é o horário eleitoral.
E, nele, a Dilma tem que desmascarar o Serra, como recomendam o Mino e o Mauricio Dias na Carta Capital que está nas bancas.
Sobre Valores, e Ética, por exemplo.
Basta pedir à Monica Bérgamo para contar a história do filho que o Fernando Henrique – que bom pai ! – levou quinze anos para reconhecer.
Sobre o aborto.
Ir ao site “Amigos do Presidente Lula” e mostrar que o Serra foi o único Ministro da Saúde que assinou portaria para realizar a aborto no âmbito do SUS.
Sobre “eu não mudo de idéia”, sou “coerente”.
Ir ao Conversa Afiada e exibir no horário eleitoral o vídeo em que ele diz ao Boris Casoy que cumprirá o mandato de prefeito e, se não cumprir, que ninguém nunca mais vote nele.
Pegar no Conversa Afiada o documento com o timbre da Folha (**) em que ele diz que vai cumprir o mandato de prefeito até o fim.
A Dilma quebrou o sigilo da filha do Serra, coitadinha.
É só mostrar a reportagem do Leandro Fortes na Carta Capital: a filha do Serra e a irmã do Dantas quebraram 30 milhões de sigilos, numa empresinha que elas tinham.
Por falar nisso, Dilma.
Sem que o Cardozo e o Palocci saibam,  detona a filha do Serra e a irmã do Dantas.
Exiba o documento do Governo da Florida que registra a empresa delas em Miami (em Miami !, Dilma, onde se localiza a maior lavanderia do mundo, depois do Banestado).
Quem trouxe a família para a campanha foi ele.
A mulher dele, tão simpática, especialmente de óculos de moldura vermelha.
Foi ela quem disse na Baixada Fluminense que você matava criancinhas.
Sobre a “democracia” e a defesa intransigente da “liberdade de imprensa”, mostre como ele agride jornalistas,  especialmente jornalistas mulheres.
Como o Serra agasalhou um terreno que a Globo invadia há onze anos e transformou numa escola técnica para formar quadros para a Globo.
(O Palocci vai ficar nervosíssimo se você fizer isso !)
Reproduza o diálogo dele com o Heródoto Barbero, no Roda Morta, da TV Cultura, sobre pedágio.
E conte que, por causa disso, o Heródoto foi devidamente defenestrado.
Mostre os documentos que a Namaria publicou sobre as assinaturas da Veja, da Folha (**) e do Estadão que ele comprou com o dinheiro do povo de São Paulo para distribuir às escolas.
Essa é a “imprensa livre” dele.
Contratar alguém com a voz grave do Celso Freitas e ler, um por um, o nome das empresas que ele vendeu com o FHC.
Ao lado, o logo da empresa.
Uma por uma.
E a frase do Delfim: eles venderam tudo e aumentaram a divida.
Qualquer dona de casa entende isso. 
Sobre o “me formei” economista, que ele diz no programa dele.
Cadê o diploma dele, Dilma ?
Faça o que a Dra. Cureau não fez: exija o diploma dele.
No Brasil, ele não pode dizer à Justiça Eleitoral – mostre a foto – que é economista, porque ele não tem diploma válido em território nacional.
Ele mente, Dilma.
Mostre o decreto dos genéricos.
Foi o Ministro da Saúde Jamil Haddad quem assinou e, não ele, que se atribui o titulo de “melhor Ministro da Saúde”.
(Quem disse isso foi o amigão dele, o Ministro serrista Nelson Jobim, o da babá eletrônica para agradar o Gilmar Dantas (**).)
Melhor Ministro da Saúde, quem ?
Não foi na gestão dele que compraram ambulâncias super-faturadas ?
Cadê o Barjas Negri, Dilma ?
O Abel, coitado, morreu, mas o Negri poderia dar um depoimento sobre as ambulâncias …
Peça àquele mesmo locutor para ler os votos do Serra contra o trabalhador na Constituinte.
Só votou contra o trabalhador.
O Conversa Afiada já publicou isso e o Artur Henrique da CUT sabe onde achar.
Vá atrás do passado dele.
Que história é essa de aparecer numa foto ao lado do Jango ?
Ele fugiu, Dilma.
E diz em off: eu enfrentei os militares e a Dilma, cadê a Dilma ?
Diga que enquanto ele fugia você era torturada.
Dilma, como é que um presidente da UNE – que comia criancinhas – vai ao comício do grande comedor de criancinhas – o Jango -, foge para o Chile do comededor de criancinhas, o Salvador Allende, casa com uma Allende, e depois, aparece nos Estados Unidos para “dar aula” ?
Que história é essa ?
Pergunta ao Gabeira se ele pode entrar nos Estados Unidos.
Por que o Serra entrou e ficou lá numa nice ?
Vamos falar da Erenice, Dilma.
Fala do Engavetador Geral da Republica.
Do projeto Sivam.
Da pasta rosa.
Da compra da re-eleição.
Da privataria, como diz o Elio Gaspari.
Mostra aquele exemplar da Carta Capital que transcreve os diálogos do Fernando Henrique com o André Lara Resende: “vamos usar a bomba atômica”.
Do Mendonção com o Ricardo Sérgio de Oliveira: “isso vai dar m …”.
Aquele momento Péricles de Atenas do Governo FHC.
Mostra aquelas fotos do Serra com o martelo dos leilões da privatização, a beijar a Helena de Tróia.
Pede ao Nassif para resumir o livro dele “Cabeças de Planilha”.
Ele conta como o FHC fixou o Real na entrada do Plano, e beneficiou o André e os clientes dele.
(O André jamais processou o Nassif.)
Pede ao Malan para contar que o Serra boicotou o Plano Real e tentou derrubar o Malan.
Dilma, você já percebeu – está no Estadão de hoje, na página 2 – que o Malan defende o FHC, mas não apóia o Serra ?
Por que será, hein ?
Vamos falar do Ricardo Sergio, Dilma ?
Ele foi o chefe da campanha do FHC e do Serra.
Pergunta ao Benjamin Steinbruch quem é o Ricardo Sergio.
Pergunta à família do Antonio Ermírio de Moraes.
E o Preciado ?
Lembra do Preciado ?
Aquele da privatização do Banespa e da Ilha do Urubu, que o Emiliano José e o Leandro Fortes descreveram tão bem.
Quem entende muito de Preciado é o Fernando Rodrigues, da Folha (**).
É só mandar buscar as reportagens dele, quando o rabo da Folha (**) ainda não estava preso.
O Amaury Ribeiro preferiu esperar as eleições para lançar o livro dele.
Mas, o Conversa Afiada já divulgou o prefacio do livro do Amaury, o que provocou um “alopramento” generalizado na campanha do Serra.
Clique aqui para ler esse prefacio, que o Conversa Afiada re-publicou, a pedidos.
Ali há informações preciosas (sem trocadilho).
Dilma como é que um homem público, que passou a vida toda com salário de parlamentar, governador e “professor” comprou aquela casinha em que vive ?
A casa é dele, Dilma ?
Está no Imposto de Renda ? Por quanto ?
Se ele vier de “mensalão”, devolva com “mensalão tucano de Minas”, Eduardo Azeredo e o “valerioduto” cheio de dinheiro do Dantas (o Palocci e o Cardozo não podem ouvir falar nisso).
Dilma, você já ouviu falar no Flavio Bierrembach ?
O Flavio é um homem honrado.
Ele era candidato a deputado com o Serra e acusou o Serra de ladrão.
O Serra foi para cima dele.
Por azar, a ação caiu na mão do Juiz Walter Maierovitch.
Maierovitch chamou o Bierrembach às falas: que historia é essa de chamar alguém de ladrão, sem provas ?
O Bierrembach pediu “exceção da verdade” – ou seja, quero provar o que digo.
Maierovitch imediatamente deu ao Bierrembach o direito de provar o que dizia.
Dilma, sabe o que o Serra fez ?
Engavetou a ação.
Chama o Bierrembach para contar essa história.
Chama o Maierovitch – e só ligar para a Mara, secretária do Mino, na Carta Capital, que a Mara acha o Maierovitch rapidinho.
E põe uma claquete assim: “O Serra não deixou a Justiça provar que ele não é ladrão”.
Querer ganhar eleição do Serra com o IBGE não basta.
Ele faz e diz QUALQUER COISA !
Dilma, e o telefonema do Serra para o Gilmar Dantas (***) ?
Mostra aquela foto dele no auditório e o voto do Gilmar no dia seguinte.
Esses dois, Dilma, fazem qualquer coisa.
E trate de ganhar a eleição com bastante folga.
Porque essa urna eletrônica sem o papelzinho do Brizola é um convite à fraude.
E se for para o tapetão, o Marco Aurélio de Mello está lá e o Gilmar fica na reserva.
Um perigo !
Sobre o massacre do PiG (*) contra a Petrobrás, para impedir que você use a Petrobrás na campanha.
Dilma, você conhece a história do John Kerry ?
O John Kerry combateu no Vietnã e foi condecorado TRÊS VÊZES.
Ele tem a “Purple Heart”, a medalha de que os americanos mais se orgulham.
Ele dirigia missões de destreza e rapidez, nuns barquinhos, os Swifts, com poucos companheiros a bordo.
Uma espécie de SWAT.
Em diferentes ações, Kerry foi ferido, matou um vietcong que o tinha atacado e salvou a vida de subordinados.
Ele foi candidato à Presidência contra o Bush, na segunda vez.
Bush fazia nos debates o “Bushinho paz e amor”.
Bush era “do bem”.
Como “Serra é do bem”.
Mas, por trás, veio o trator – cheio de grana.
Criou-se um grupo auto-intitulado de “Veteranos dos Swift em Busca da Verdade”.
Eles produziram um documentário – com dinheiro de quem, Dilma ? – para demonstrar que Kerry não podia ser presidente.
Porque ele mentiu sobre o seu papel no Vietnã.
Que ele não merecia nenhuma daquelas medalhas.
Era um líder inepto.
E, no fundo, no fundo, um covarde.
Os “amigos do presidente Serra” compraram horário nas televisões do interior para exibir o documentário.
(Lá não tem horário eleitoral gratuito.)
Como Kerry tinha dito, ao sentar praça, que era contra a Guerra do Vietnã, ele foi estigmatizado pelos “Veteranos dos Swift”: um Traidor da Pátria, um Vendilhão da Pátria.
Veja bem, Dilma, TRÊS medalhas por bravura !
E passou a campanha sem poder invocar seu passado heróico.
O Serra é assim também: capaz de tudo.
O bye-bye Serra forever não se dará mais com a Economia.
Não basta pendurar o FHC no pescoço do Serra.
O Serra levou o jogo para o campo dele – a vala negra.
O da calhordice, como diz o Ciro, um especialista na alma do Serra.
Neste momento, essa história de não “baixar o nível” só funcionaria em  eleição para Madre Superiora.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

dez minutos com...

Platéia do espetáculo Mi Muñequita, quarta 13 de outubro no Ses Pelourinho.

Assista, comente, divulgue!

O que fizemos no passado? O que estamos fazendo agora? O que estamos prestes a fazer?

Entramos numa bela de uma enrascada neste segundo turno.  A estupidez e a vergonha estão crescendo e confiantes na vitória. O grupo da Tv globo, veja, folha e afins deve estar comemorando com muita champagne e caviar por terem conseguido fazer esta sujeira que estão fazendo. O que era para ser um debate produtivo de idéias diretas, como queriam alguns, virou um jogo sujo envolvendo religião, sexo, comportamentos pessoais, manipulação de imagens e informações e sobretudo uma chuva de mentiras.

É lamentável o que podemos estar por viver. A vitória da sujeira, da mentira e da canalhice. Eu não posso acreditar que vamos nos deixar abater dessa forma. Eu que acreditava que estávamos indo tão  bem em termos de consciência e de liberdade de pensamento. Ledo engano. Vejo que, novamente, opostos votam igual. Vejo que intelectuais se aliam - ainda que não assumidamente pelos mesmos motivos - aos burgueses estúpidos e escravocratas da grande mídia, à classe alta que odeia pobre e quer mais que esse povinho se esconda na periferia.

Eu custo a acreditar que nós professores, estudantes universitários e de pós graduação, que artistas, militantes, agentes sociais não vamos nos unir para barrarmos o crescimento do PSDB. Eu não posso acreditar que estamos entrando nesta enrascada, por termos provocado um segundo turno que só se mostrou podre e sujo, porque o partido podre e sujo assim deu as cartas e por mais que Dilma tente, não consiga fugir deste lamaçal onde nos atiraram.

Precisamos nos unir antes que seja tarde.

O Brasil não pode parar nas mãos do PSDB novamente. Não pode, simplesmente não pode e cabe a cada um de nós fazermos nossa parte.

É hora de quem pensa este país numa perspectiva libertária e plural se unir para barrar o crescimento da candidatura de Serra. A pesquisa mostra que 70% dos ricos estão com Serra. Isso não pode ser ignorado. Empregado não pode votar no mesmo candidato do patrãos. Eles querem coisas diferentes para o país.

A pesquisa mostra ainda que a difamação fez aumentar os níveis de rejeição a Dilma. Mostra que os eleitores de Dilma são em sua maioria homens, o que é de se espantar muito.

Agora que Serra colocou Dilma em mal estar com a comunidade LGBT vem se dizer favorável à união de gays. Você acredita nisso? O modelo de campanha deles é botar Dilma contra todos e ele se aliar a todos. Evangélicos, católicos, ateus, gregos e baianos...

Vamos deixar o marketing sujo (se isso não for um pleonasmos, ai ai...) colocar nossa vitória a perder? Levamos 16 anos para colocar Lula no poder. Não desistimos, mesmo com tantos golpes. A democracia é um bebê e precisa de cuidados. Não podemos cochilar. A cada cochilo pequenas conquistas nos são roubadas. Fiquemos atentos. Precisamos trabalhar.

EU NÃO QUERO SERRA PRESIDENTE! O BRASIL NÃO PODE VOLTAR PARA AS MÃOS DO PSDB. PRECISAMOS NOS UNIR NUM MOVIMENTO INTELIGENTE E ENSURDECEDOR. PRECISAMOS SAIR DA DISCUSSÃO E PARTIRMOS PARA A BRIGA.

BLUSAS, BOTONS, CARTAZES E BANDEIRAS. PRECISAMOS MOSTRAR QUEM SOMOS E DO QUE SOMOS CAPAZES. PRECISAMOS MOSTRAR QUE ESTAMOS UNIDOS POR UM PAÍS LIVRE E JUSTO QUE AOS TRANCOS E BARRANCOS TEM CONSEGUIDO SE ORGANIZAR.

PT DA BAHIA, PT DO BRASIL, PRECISAMOS DE EVENTOS NA RUA PARA MOSTRARMOS QUANTO SOMOS, PARA NOS CONHECERMOS, PARA MOSTRAR QUE NÃO ESTAMOS PARADOS E NÃO VAMOS NOS INTIMIDAR POR ESTE JOGO SUJO. NÓS PODEMOS ATÉ NÃO SABER DIREITO O QUE QUEREMOS, MAS O QUE NÃO QUEREMOS NÓS SABEMOS: NÃO QUEREMOS PSDB NO PODER.

Adriana Amorim
Professora, atriz, mãe.

CENA INFANTIL NO PELÔ - A cooperativa está na área

Como parte das atividades da Cooperativa Baiana de Teatro no Pelourinho, as crianças serão o público alvo da programação teatral do Pelô.
Serão oficinas, espetáculos e um cortejo pelas ruas do Centro Histórico feitas para crianças que com certeza são um espectador muito especial.

O rebanho de atores ministrará as oficinas de maquiagem e máscara para crianças, onde o desafio é liberar a criatividade dos pequenos e convidar os adultos a perceber a beleza de sua criação e não a cópia de modelos já estabelecidos. Espero que os pais não enfartem com os resultados. A oficina é para as crianças se experimetarem e não para os pais fotografarem.

Quem puder e quiser dê  um pulinho lá, as inscrições são na nossa sede. Esperamos sua visita.

Sempre com crianças, com crianças sempre!


terça-feira, 12 de outubro de 2010

A MOSTRA SESC E AS TEMPORADAS NO SESC

Gentes.

A Mostra Sesc Pelourinho impressiona pela qualidade artística das produções que participam, pelo primor na produção que é característico dos trabalhos do Sesc e, sobretudo, pelo sucesso de público que sempre é, em todas as suas edições. Salas lotadas, a galera se estapeando por um ingresso, arena lotada de um público diverso. A gente encontra amigos e se diverte muito, além de se emocionar, como aconteceu hoje com o espetáculo TROPEÇO do grupo TATO CRIAÇÃO CÊNICA http://www.tatocriacaocenica.com.br/.

UMA PEÇA À LUZ DE VELAS


O espetáculo é um primor de técnica, de dramaturgia, de encenação, de leveza, enfim, um momento de puro prazer e encantamento, através de gestos (literalmente) muito simples. Dois atores-animadores dão vida através do trabalho de suas mãos apenas vestidas, sem bonecos, a duas velhinhas que moram juntas e vivem as coisas prosaicas da vida.

Através da construção dos movimentos das personagens, com uma luz de velas iluminando um cenário pequeno mas repleto de possibilidades semânticas, além de uma trilha muito simples e primorosa executada pela atriz Katiane Negrão, somos levados para um riso gostoso, leve, doce, como se tivéssemos uma sensação de nostalgia-ao-contrário daquilo que ainda vamos viver. As velhinhas de Katiane e de Dico Ferreira são uma possibilidade encantadora para nós que somos assim, meio alternativos e que, como os caretas, envelheceremos, mas diferente destes, vamos continuar (eu espero) dançando, fumando, bebendo, amando, conforme depoimento dos próprios atores em bate-papo.

E assim, rindo e nos divertindo com aquelas doces senhoras a gente vai sendo conduzido ao final do espetáculo e leva nossa porradinha no coração. Enfim, quem foi e viu, sabe do que tô falando. Um primor que os atores construíram, literalmente de novo, com as próprias mãos.

Tem uma sensação que me acomete sempre que vejo espetáculo que considero excepcionais. Primeiro eu sinto uma alegria imensa em ver trabalhos bons. Sinto mesmo um quentinho no coração, como se dissesse para os artistas: 'Pô, galera, que bom que vocês fizeram isso. Que bom que isso tudo existe. Que bom ser gente'. Eu sei que tá ficando piegas, mas tenho até vontade de chorar e não foi uma nem foram duas vezes que eu chorei em espetáculos, simplesmente porque me emocionei com o fazer dos colegas.

A outra sensação que me pega é 'como eu queria estar fazendo isso'. Em segundos, sem sair da fruição da obra, penso em minha trajetória, penso no que fiz, no que faço e no que gostaria de fazer e me sinto feliz por ser artista. Um pouco triste por fazer menos do que gostaria, mas contente por fazer mais do que a minha lida cotidiana talvez permitisse.

 E AS PEÇAS DA GENTE NO PELÔ?

Agora eu quero tentar entender também, porque a Mostra Sesc consegue uma mobilização tão boa e aquele teatro vira um espaço de encontro e geralmente as nossas temporadas lá são tão difíceis de levar público.

Alguns acham que a divulgação é mais consistente, mas eu já deixei de achar que a questão do público de teatro seja divulgação. O que eu comecei a pensar, conversando com amigos é que tem uma questão que é, as peças da mostra ficam um dia só e geralmente quem vai assistir são as mesmas pessoas, da classe teatral, ou da classe artística, tanto que o encontro é sempre muito agradável, porque é um encontro de amigos.

Outra possibilidade é justamente que nestes eventos o ENCONTRO parece fazer parte da programação. É como se fosse uma grande festa. Então, talvez fosse o caso de as peças que entrarem em cartaz no Pelourinho pudessem pensar em estratégias coletivas que gerassem esse burburinho e que pudesse oferecer uma programação diferenciada, onde a peça fosse parte do cardápio e não uma opção isolada.

Enfim, foram pensamentos que vieram na roda.

 E você, o que acha?

Amanhã vou ver Mi Munhequita que Alam viu em Guaramiranga e disse que é ótima. E olha que eu pra sair de casa é um milagre, viu.

O que você viu na  Mostra que te agradou? Diz aí pra gente.