terça-feira, 11 de dezembro de 2012

VOU WALLY E NÃO VOLTO MAIS... Algaravias o Marujeiro da Lua




A partir do dia 13 de dezembro e até o dia 16 do mesmo mês, estará acontecendo o espetáculo/jogo construído a partir das provocações da obra e vida (que sempre foram a mesma coisa neste caso - e quando não é? enfim...) do poeta mundano-jequieense Wally Salomão. Esta obra é resultado do trabalho intenso (e bota intenso nisso, né galera) do Grupo de Pesquisa Olaria (GPO) da Universidade Estadual da Bahia (UESB) sob coordenação e regência do Profº Roberto de Abreu, que não por coincidência nem por foça do destino, mas por obra de seu intenso trabalho e inteligência, uniu sua prática como professor e artista a sua pesquisa em nível de doutorado sobre as três dimensões do jogo: dimensões estas referentes à formação do professor de teatro, à criação cênica e à espetacularidade do jogo como obra (in)acabada, para ficar de bem com Eco e Pareyson.

(Tá certo até aqui, Beto?)

Mas este post está muito pouco algavárico!

Tive o prazer e privilégio de assistir a um ensaio dessa trupe de jogadores que levam o termo a sério e se jogam de peito aberto no mar ora calmo ora intempestuso da cena.


O espaço já é um convite aos sentidos: O MUSEU HISTÓRICO DE JEQUIÉ numa das avenidas mais movimentadas da cidade. Um lindo imóvel branco e azul que impressiona, seduz e assusta por motivos que só você estando lá para conhecer. O ar lá dentro já é diferente. Mais puro talvez. Ar de espaços distintos do cotidiano. Gostoso.

O branco e azul de fora dão lugar a uma profusão de cores e estímulos lá dentro. Opa, sinto que não posso falar muito.

Deixo pra falar quando a temporada acabar, essa primeira, pois que venham muitas.

A poesia de Wally é daquelas tarjas-pretas que os terapeutas e psicanalistas deveriam receitar. Mudam tudo na gente. Acho que não receitam porque podem não dar conta dos efeitos colaterais. Pois, ora, se o 'normal' enlouquece com suas palavras e ritmos o que acontecerá ao já diagnosticado 'estranho'?

Bom, eu que sou estranha assumida, fiquei ainda mais e saio da SALAMANGUE completamente enebriada, louca para me aprofundar no universo desse marujeiro louco e eterno.

Que seja louca e eterna, meus queridos parceiros de sala, palco e vida, essa experiência e seus desdobramentos...





O QUÊ?
“Algaravias- O Marujeiro da Lua” Um espetáculo/jogo que se baseia na vida, na obra, e na poética do poeta jequieense Waly Salomão.
QUANDO??
De 13 a 16 de Dezembro de 2012, às 20:00h. (QUI à DOM - ingressos distribuídos uma hora antes no Museu).
ONDE?
No Museu Histórico de Jequié.
QUANTO?
Um livro de poesia.

Grupo de Pesquisa Olaria (GPO)
"Jogos Performativos" - PIBID-UESB CAPES
"Jogo e Cena: Política Poética e Estética" Pesquisa UESB
Formação de Espectadores - PROCENA (Programa de Extensão em Artes Cênicas/UESB

Ficha Técnica/escalação:

Direção e Dramaturgia: Roberto de Abreu
Assistência de direção: Silvana Ribas

Jogadores:
Emanuelle Nascimento
Jomir Gomes
Matheus Xavier
Mônica Alves
Mylena Oliveira
Pyter Rodrigues

6 comentários:

  1. Vamos que vamos! Beijos, Manu

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  2. Lindo *_*, emocionadíssimo.
    Tem sido dias 'in tensos' de trabalho, estamos na verve do poema. E como diria o próprio Waly: A poesia não tem lugar nobre pra acontecer, não é só o mármore como os parnasianos, os cultores do monte parnaso pensavam, a poesia não tem só locais, ou materiais nobres, ela usa os mais diferentes materiais, não há vulgaridade pra ela, você pode restaurar, é um trabalho in tenso, é um trabalho construtivista, não o construtivismo de 100 anos atrás, é um construtivismo dos nossos tempos, de quem está com olhos novos para o novo, com ouvidos abertos, e também com capacidade de está lendo diferentes tradições, não ficar em-si-mesmado, isolado”.

    Aqui tem um vídeo-arte do processo criativo.
    Confiram:
    http://www.youtube.com/watch?v=uhhrF9xitDY&feature=youtu.be

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    Respostas
    1. Lindo, querido. Vou colocar o vídeo no corpo do post, certo, pra ficar mais rápida a visualização. Merda!

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  3. Evoé, Drica!

    Cidade dura
    Metade Paralelepípedo, metade chão batido
    Outra metade chão batido, metade Paralelepípedo, metade chão batido

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