sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ao gestor, um post novo


Cessados os ânimos e reduzida a enxurrada de 'indelicadezas' talvez seja a hora de começarmos a tentar buscar a gênese de tamanha comoção.

Eu, simples atriz, professora, espectadora, desavisada e ingênua, emergi de paragens ciganas e ofereci meus saberes e olhares ao diálogo com uma classe que eu julgava parceira e colega de profissão. Ofereci meu horizonte na condição de jurada e ofereci minha casa, este blog aberto para um café com bobagens, onde o café foi pouco, já o acompanhamento... farto.

E do cansaço do fato dado e do seu rescaldo, em silêncio contemplo, então, mais nada a revelar.

O que se pode ler, talvez, no arroubo e no pahtos que se apresentaram em ocasião tão oportuna, seja um importante sinalizador de como a falta de investimento direto, concreto e contínuo na formação e na produção artística da cidade acabou por levar a auto proclamada 'classe teatral' a um deus-nos-acuda sem precedentes .

Quem esbraveja palavrões e ofensas pessoais, em detrimento do diálogo e do argumento o faz na falta de ferramentas melhores para lançar mão. Ao ler nova e cuidadosamente o assunto no blog, post a post, comentário por comentário, vejo o semelhante entrar em confusão.

Como é desagradável o tal do Anônimo (que virou uma entidade)!

Mas ele não é o único nem ao menos o principal responsável por sua própria incapacidade argumentativa.

Sua fragilidade se revela fruto da falta de diversidade de experiências formativas, na falta de um repertório estético com o qual possa dialogar, na falta de experiência política e social de saber se portar em grupo e em público, na falta de educação ao lidar com um semelhante. Tem culpa o pobre coitado de ser assim tão despreparado para um debate sobre o tal do 'futuro do teatro conquistense'? Teria, se as oportunidades lhe tivessem sido dadas e desperdiçadas, mas, pergunto-me: foram?

E os que estão do outro lado?

E os que não estão de lado nenhum, porque entendem que não há lados?

Fatigado e farto de clamar às pedras, talvez este tenha preferido, diante de tão desastroso fórum,  não debater, porque aqui do jeito que a coisa anda, qualquer 'ai' que se diga, estará nada mais, nada menos do que legitimando a baixaria como forma de protesto, ou de manifestação pública. Seria como pregar no deserto, pois a incapacidade do diálogo ficou evidente. E também, cá pra nós, não é espaço legítimo para um debate tão sério e caro para uma cidade, este blog, onde eu falo como administradora e os demais comentam como visitantes provocações sugeridas por mim. Eu tenho plena consciência de que isso tá indo longe demais no lugar errado, do jeito errado. Mas, se foi assim que se deu, que seja. Minha participação neste evento já deu! Já foi! Chega. 

O que acho importante, na minha saída de campo, é deixar para os gestores da cidade que me orgulharam com o convite, algumas reflexões que nada têm de originais e que são, eu sei, cantilena da classe há anos:

Guilheme Menezes Prefeito re-eleito de Vitória da Conquista

A cidade de Vitória da Conquista não pode mais prescindir de uma Secretaria de Cultura autônoma, independente gerida por um artista que se revele competente no jogo burocrático que a função exige, mas que não perca jamais, na mesa de negociações com quem quer que seja, a sensibilidade e a transgressão próprias da experiência artística.

A hora é essa! (Na verdade já passou da hora, mas se não foi até agora, que seja a partir de agora!)

Conquista não pode, não deve não quer ser uma cidade tal como Salvador, que não oferece nada de substancial em termos de políticas públicas para todas as linguagens. Salvador não tem um teatro municipal (o Gregório de Matos está fechado há anos!!!), não tem um edital de montagem ou circulação, não tem instrumentos de formação em arte. Acha e faz o povo crer que o Governo do Estado é a prefeitura da capital e sente-se coberta pelos editais e políticas estaduais que de uma forma ou de outra acabam privilegiando projetos da capital e acalmando a massa. O resultado se vê nas ruas. A cidade está morrendo, sucumbindo tristemente!

Há tantas outras cidades que podem servir como modelo de gestão cultural. Cidades do interior de São Paulo, como São José dos Campos, que tem um Encontro Anual de Cultura Popular, com apresentações acadêmicas e uma farta programação cultural e artística. Cidades, como Guaramiranga no interior do Ceará que tem seus calendários de editais de montagem e circulação, de ocupação dos centros, de eventos formativos como fóruns, congressos, festivais, mesas redondas, oficinas, intercâmbio. Como é possível para uma secretaria que na verdade são quatro, dar conta de tanta demanda? Na real? Não é possível!

Respeitável Sr. Prefeito a quem eu admiro tanto, porque conheci a Vitória da Conquista da década de 80 e conheço a de hoje, te digo com pureza de menina: serei eternamente grata pela grande revolução a que você Guilherme Menezes deu início na sua primeira gestão, e já lá se vão 16 anos ou mais. A marca de seu trabalho estará sempre associada ao desenvolvimento vertiginoso dessa agora metrópole. A ousadia que o senhor usou no enfrentamento dos cartéis do transporte público, a moralização do tratamento com o funcionalismo público e o pagamento em dias, dos proventos fortalecendo a dignidade do trabalhador, a coragem da implementação do orçamento participativo, a revolução na criação dos centros de saúde por bairros e o atendimento domiciliar, todas essas qualidades, que o senhor já provou ter, estão sendo aguardadas ansiosamente no campo da cultura.

E digo ainda mais, se me permite a ousadia o senhor que é da área de saúde: investir em cultura e arte é, irremediavelmente, investir em saúde, educação e redução da violência. É seu efeito colateral!

"Dê ao homem apenas o que ele necessita e ele terá se transformado num animal", nos disse o bardo inglês através de seu príncipe dinamarquês confuso!

Na Grécia Antiga, os médicos receitavam peças de teatro para esta ou aquela enfermidade, a depender do que carecia o paciente e do que ofereciam em termos de sentimentos aquela tragédia ou essa comédia. A experiência artística potencializa substâncias que o corpo precisa e a alma experimenta.

Arte e cultura são balaústres da saúde pública, coletiva, social!

A capacidade de abstração, desenvolvida na experiência artística, já ficou comprovado por estudos sociológicos, reduz índices de violência, desde a violência doméstica até as mais temidas violências urbanas.

Conquista é uma cidade antenada com o mundo. Não ter uma Secretaria de Cultura em quase duas décadas de gestão participativa parece um contra-senso  O alinhamento vertical das gestões municipal, estadual e federal é quase um alinhamento cósmico raro e deve produzir no campo da cultura e das artes o mesmo bem que vem produzindo na dimensão econômica e social, porque dela também faz parte. O Ministério da Cultura e a Secretaria Estadual da Cultura (que na gestão de Márcio Meireles caracterizou-se pela interiorização das ações e na do Profº Albino Rubim identifica-se pelo investimento na formação em artes) podem, sem sombra de dúvidas, auxiliar nossa cidade na construção, estruturação e manutenção desta nova e urgente secretaria.

E para encerrar minha argumentação, não posso deixar de declarar o lugar de onde falo. Além de Conquistense de nascença, atriz de formação sou também professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, que teve a ousadia e a coragem de sediar os primeiros cursos de artes do interior da Bahia. Uma verdadeira revolução na Instituição. O bacharelado em Cinema em nossa cidade e as licenciaturas em Teatro e Dança em Jequié (onde há muitos estudantes de Vitória da Conquista) vão gerar uma demanda imensa para a cidade e uma secretaria preparada para esta realidade precisa ser pensada e implementada urgentemente!

Talvez assim, depois da criação desta secretaria, da elaboração e implementação de políticas públicas contundentes e concretas não haja tanta dor e desespero ao emergir das entranhas uma beleza estranha, mas ao invés disso, num esplendor de glória, se aviste u'a grande luz!

Vô prossiguino estrada a fora, até porque eu acho que já escrevi mais do que devia e se alguém postar um comentário de que eu já tô passando do ponto, eu vou até concordar. Mas, como o nosso personagem, o Anônimo, não tem culpa das besteiras que diz, também não sou tão responsável pelas supostas besteiras que faço. Faço-as porque me sinto condicionada a elas, porque  tudo o que vivi e aprendi me trouxeram pra este lugar, pra esta cidade, pra esta universidade, pra este corpo de jurados, pra este festival, pra este blog, pra este post, pra essa esse parágrafo final.

As reflexões propostas aqui são fruto de intenso e contínuo debate com colegas da lida, amigos da vida, parceiros da arte. Sua escrita foi embalada pela inspiradora canção A MEU DEUS UM CANTO NOVO do queridíssimo Elomar Figueira, meu poeta favorito, que não trata deste assunto, mas me inspirou, e essas são coisas de processos criativos, fazer o quê?  

Os artistas clamam, cada vez mais alto, Sr. Prefeito:


Sê cult, Guilherme, SECULT!!!


Evoé, Conquista!

16 comentários:

  1. Linda iniciativa, Adriana. Assino embaixo. Aproveito para compartilhar mensagem que enviei para João Omar em função desta discussão vil toda.

    Para João Omar:
    João, meu amigo. Sou entusiasta de seu trabalho. Vejo o suor gerado pelo seu empenho na secretaria. Mas você fica engessado, concreto armado com esse modo de gerir cultura na cidade. Se os artistas de teatro de Conquista pensam o que pensam e o que escrevem - discursos tão estreitos, limitados, acachapados e até anti-éticos, é porque falta formação, informação e diálogo com discursos que leiam os mapas destes nossos tempos. Até quando vamos manter esse papo fiado de que "os artistas de teatro não se organizam, não propõem nada". Não gosto deste discurso de Gildelson. O movimento tem que ser de mão dupla: o estado se organizando, o povo se organiza também. Afinal, eu artista/cidadão, voto em Guilherme porque acredito que o modo como ele cuida da cidade um dia poderá se estender ao modo como ele deveria cuidar dos seus artistas. Guilherme não é cordelista, poeta? Está tão patente e notório o pendor de nossa cidade para a prática e reflexão artística. Não está? O prefeito precisa respeitar isso. O Teatro, a Música, a Dança... a arte será sempre maior que os artistas, suas obras, ou as realizações de uma gestão em cultura. Mas sinto que cabe a nós fazermos jus ao curso do sublime, da imensidão cósmica desse campo da inteligência humana. Por isso toda cidade carece cuidar de seus artistas. De mais a mais nutro por você profunda admiração e consideração pelo seu trajeto como artista. Defendo que a secretaria de cultura não fosse vinculada a outras pastas (turismo, lazer, esporte), que seu nome fosse indicado para secretário e que você tivesse autonomia para decidir e montar uma equipe ao seu modo e com suas convicções. Pra mim, é o modo que a prefeitura teria de reparar os danos que vem causando pra cidade nos últimos anos com falta de investimento e de políticas públicas sustentáveis para o setor. E então? Com quem a gente fala isso? Com Guilherme? Rs. Sei e sinto sempre sua nobreza, João. Evoé, Sátiro!

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    1. Obrigada, Beto pela contribuição. Lindas e sensatas palavras. Drica.

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  2. Adriana

    Percebo em suas linhas um recentimento, um não suportar. Claro, isso é natural, mas senti falta de uma resposta tamém aos posts quanto a natureza de suas escolhas e no seu posicionamento estético frente a situação. Sim, esse ser innumano e anônimo chegou para ferir e auferir o seu lugar, ele grita o que acha justo ou injusto. Mas a questão que penso desse processo todo, que vai além da boca que fala o que quer, é uma reflexão menos supericial da situação como todo. Adriana, acho muito valido propor essa ruptura, mas ao mesmo tempo acho extremamente sem cautelas essa escolha por obras artísticas muito inacabadas. Eu não sei o porque disso. Outra coisa que queria comentar é sobre Salvador, que diz estar se esvaindo, mas Adriana é só olhar para onde estão indo os recursos, o sr. Albino Rubim está desfazendo o que Marcio Meireles construiu, e veja como é isso. Tudo para Salvador, pode ser que não exista iniciativa da prefeitura, entretanto o estado de alguma forma está aplicando os seus esforços e recursos para essa cidade. Vitória da Conquista recebe pouquissimos recursos da SECULT ou mesmo da prefeitura. Essa é a realidade. Não temos políticas públicas para Cultura. E você Roberto, que saiu daqui de Conquista e foi atrás do seu sonho, sabe muito bem disso. Aqui já te ofereceram oque? Talves alguns poucos entusiastas tenham lhe offertado algo de bom na sua estrada dentro do teatro, mas muito pouco ainda para a grandiosidade da arte e do que a expressão produz. Ressentimentos a parte e levando isso como um diagnóstico peurio da natureza humana, eu apenas entendo que no final de tudo, tudo ficou vasio, ninguem realmente reletiu e nada vai sair disso, nenhuma construção e ou mudança. E sim, concordo quando fala de uma secretaria independente entretando para que ala assim o seja é necessário o querer dos gestores, do prefeito, da cidade que em sintoma patologico de pura agonia grita um vai tomar no cu.

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    1. Anônimo. Como o nível da conversa é outro, vou responder suas perguntas. Não respondi aos comentários nos outros posts porque o nível baixou demais e eu não estava com disponibilidade para uma briga que não é minha, ou pelo menos não só minha. E dialogar com baixaria só gera baixaria, eu não estava e não estou a fim. Sobre os critérios de avaliação das cenas, te digo, tivemos e eu particularmente tenho muita segurança em tudo o que fizemos. Sabemos tim-tim por tim-tim porque demos aqueles prêmios. O que eu não posso é falar no meu blog pessoal sobre um posicionamento que foi de um trio de profissionais. Mas, estamos atentos a essa expectativa da classe por estes critérios, apesar de achar que a gente não precisa se justificar, pois fomos escolhidas para esta função por conta do reconhecimento de nosso trabalho na área. Esteja certo de que estamos em diálogo com a secretaria no intuito de realizarmos debates de ordem estética, onde talvez fiquem claros os nossos critérios. Obrigada pelas colaborações. Drica

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  3. Engraçado como esse mesmo poder publico - falo estado e tambem prefeitura - não fazem nada por Conquista e o teatro - uns poucos mais de 11 mil num festival de pouca visibilidade - A UNICA COISA QUE É FEITA PELO TEATRO tenhamos isso em mente em comparação a um natal da cidade onde se paga um valor altíssimo para nomes nacionais. Isso sim é um esdrúxulo, isso sim é falta de respeito sra Adriana. Como fica isso sr, Guilherme Menezes? Como fica isso sr pseudo secretario de cultura esporte e lazer e o que ocorre realmente sr. coordenador apagado de cultura João Omar?. Roberto, nada se faz NADA pelo teatro conquistence. Dai a revolta. Dai as falas. Dai o descredito. Deixa de moralismo e mágoa Sra Adriana. a sra está em outro ambiente agora e não sabe o que é viver dessa arte que se vive aqui! Nosso teatro esta morrendo e sra Adriana contribuiu para isso. Aquelas pesssoas que foram selecionadas certamente pouco farão pelo estudo, desenvolvimento e amplitude do teatro conquistence no cenário baiano.

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    1. Anônimo, com que autoridade você fala assim comigo: "deixa de moralismo e mágoa Sra. Adriana". Você não me conhece, portanto, não me julgue! Por que você se acha o dono do teatro conquistense para dizer em qual ambiente se vive aqui? O que você vive não é necessariamente o único. E, se o teatro de Conquista está morrendo, como você diz, tenha certeza que premiar a inovação e a ousadia, o diálogo entre linguagens em detrimento de um modelo secular foi uma injeção de ânimo no teatro conquistense, ainda que seus frutos não sejam colhidos a curto prazo. Não acho que você possa falar pelo estudo, desenvolvimento e amplitude do teatro conquistense deste ponto de vista. Essas pessoas, por mais que vocês não tenham gostado do resultado final, estão pesquisando, se provocando, se questionando, isso você não pode negar, pode apenas não gostar. Não gostar de uma coisa não é suficiente para dizer que ela não presta. É preciso não misturar o gosto pessoal com uma análise estética e contextualizada da obra. De todas elas, as que foram e as que não foram premiadas com aquele prêmio específico. Mas isso, eu já falei em outros posts. O problema é que vocês só ouvem a si mesmos. Obrigada pela participação. Drica.

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    2. nada farão mesmo, disso eu tenho absoluta certeza.

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  4. A questão é que seu falar é surdo e seu ouvido mudo. Se acha que foi inovação, pesquise mais. Isso também já foi dito, mas você só se ouve, não considera, não percebe que deve ter também algo de errado em tanto "arcetismo". Não vi nada de secular lá, fico pensando de onde veio o preconceito de achar que o inacabado, o infantil e o copiado é tão bom assim. Modelos seculares é o que joao Omar e o nosso tão conhecido Elomar fazem, repetição de um pseuda arte para o matuto, para o homem da terra, para os simples, para as pessoas da roça. Não, eles fazem arte pra elite, e é essa mesma arte repetida que a senhora aplaude. E todos nós aplaudimos. Queremos de alguma forma nos identificar. Queria eu ver além dos grandes espetaculos de opera de Elomar, queria ver eu a simplicidade em cena, a emoção, o sentimento. Espero que a sra não se contradiga tanto assim, e indique, ou dê a sugestão de Elomar colocar uma caixa de papelão e bolas de soprar nos olhos. Ai sim, a sra estará fazendo grande coisa. Ai sim, verei uma grande mudança.

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    1. Caralho! Que comentário foi esse de cima? Botei fé demais...

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    2. Pois é insistente Anônimo a gente pode debater o resto da vida, inclusive eu me identificando e você se omitindo, tudo bem. Isso não vai acabar nunca! E o mais difícil aqui, me parece é parar de lutar por uma verdade concreta e absoluta. Eu estou o tempo todo dizendo: Vocês não precisam gostar. Mas vocês acham que tem uma verdade a ser encontrada e só assim se encerra a questão. E aí vc continua julgando a mim e a todo mundo, como se houvesse, repito uma verdade. Por exemplo, vc incorre em erro quando diz que eu sou surda. Todos os meus posts seguintes ao primeiro são comentários dos comentários que merecem comentários. Eu não posso comentar sobre as cenas que vocês insistem que mereciam mais prêmios do que os que levaram porque estas sim, são verdadeiro teatro, porque essas sim tiveram pesquisa e dedicação. O que vocês não querem ler é quero Festival não é de curriculum, mas de cena e o que a gente viu em cena, no nosso juízo e só nele, elas foram as favoritas para levarem os prêmios que ganharam. E vocês falam sempre no geral como se tivessem autorização para falar da classe como um todo, eu juro é isso que mais me espanta, nem é mais o Festival e seus resultados e desdobramentos. Não se respeita a pesquisa do outro, a minha para fazer meus posts, a do colega para fazer sua cena. VOCÊ NÃO É OBRIGADA A GOSTAR, mas podia respeitar. É só isso. Você queria ver a simplicidade, a emoção, o sentimento em cena, ótimo, mas o fato de você querer ver, não quer dizer que só isso é teatro ou que isso é o melhor teatro. A gente poderia estar lutando junto, mas estamos ocupados lutando uns contra os outros. Que lástima! Drica

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  5. Não concordo com Roberto de Abreu quando diz que vai fazer campanha a favor de João Omar para ser secretario de cultura,tá louco???Roberto vc tem uma trajetória linda,não precisa puxar o saco de ninguém,muito menos se envolver num processo no qual não está de perto há anos.Vamos ser dignos!!!Todos sabem ,inclusive artistas amigos dele e até o prefeito Guilherme Menezes que deu o cargo por respeito ao pai dele que ele não tem habilidade com a burocracia)fora que é lerdo e sem nenhum talento para gerir projetos na área cultural (todos projetos que ele esta a frente dá errado)quanto tempo ele esta a frente desta coordenação mesmo???E o que ele fez???Viajouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!(literalmente,rs!).Bem mudou neste Festival de Cenas Curtas (no primeiro estava presente só como plateia,mil e um problema e ele nem lá).Porque ele neste Festival não só apresentou COMO MESTRE DE CERIMONIA como também fez questão de conta que é um grande incentivador do teatro conquistense???(queria impressionar alguma jurada???uma bala para quem adivinhar qual???).
    Quanto ao resultado ainda não digerido por alguns do teatro,ACHO QUE AGORA FOI QUE EU ENTENDI,afinal,porque tanta revolta???Vou tentar responder:apenas porque as juradas cometeram um equivoco(deram o primeiro lugar para um cara que esta começando no teatro ,digo isto apenas como referencia para demonstrar que ele não estava experimentando nada com interesse de quem quer saber QUAL É a do teatro,Ele não estava experimentando em cima de uma fundamentação teórica (ou seja ele não sabe NEM que caiu a quarta parede,quanto mais de Antonin Artaud,ou teatro de Vanguarda,ou físico e coisa e tal)Apenas foi lá com a simples intenção de participar do Festival com uma cena QUE copiou MAL de um vídeo do youtube,e foi também ,APRESENTADO seguindo a linha naturalista DA MAIORIA.(jOÃO OMAR NÃO TEM NADA HAVER COM A HISTÓRIA DOS BUFÕES ) inicialmente até bonitinha,mas depois caiu na mesmice e tornou-se enfadanho, e mal elaborado(acho que não teve muito ensaio,salvou a execução do boneco e a falta de ar que ele deve ter sentido,tanto pelo boneco,como também, com o mau olhado que Victória colocou nele,depois do primeiro lugar.

    Acho pelo pouco do que sei e assistir, as únicas cenas de teatro com fundamentação experimental foi de Izis e OSSOSSOOOOOOOOO ...

    Ou seja,todos que foram premiados ficaram equiparados ao primeiro lugar...Para ficar claro duas suposições:

    1- elas tomaram um chá antes de ir ao teatro e quando viu aquelas apresentações da JOCUM teatro de igreja com os bonecos do youtube achou que ninguém poderia fazer uma canalhice de copiar uma cena,e mais ainda ser selecionado no Festival coordenado por um cara que tem um certo conhecimento sobre arte...Então achou que os meninos queriam fazer um protesto ao teatro naturalista e começou a experimentar como forma de provocação a presença do ator/não ator em cena através do teatro animado e manipulação de objetos.
    (EQUIVOOCUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU-SE ELES SÃO NATURALISTAS).

    2- Elas assinaram um termo quando deram os prêmios de que faltou inovação,faltou teatro presente e mais ainda, que o teatro no interior do estado não é bom nem para criancinhas,mas já que a falta de atributos para julgar vai nos colocar em uma sinuca de bico,vamos premiar a maioria e fazer com que eles: "o povo de teatro" acorde para as possibilidades de se reinventar. OPS criar!!!No mais há mais : se falta formação para os que estavam realizando as cenas ,falta mais ainda, da plateia que tudo sorrir e aplaude!Damos um TAPA COM LUVA DE PELICA tudo esta tão ruim,quanto tudo que há,segundo o que foi mostrado(este foi o pensamento delas).

    Bem ,mais eu sei o que foi melhor ,do pior e elas também : primeiro lugar: LUA DE LUIS (PELO CONJUNTO DA OBRA)Segundo : ATO ÙNICO Terceiro : o de Izes ou OSSOSOSOSOSOSOSOSOOOOOOSSS.

    figurino: Lua de Luis
    Atriz:Isaura
    direção:nenhuma
    iluminação: nenhuma
    Ator: Franscisco Carlos

    Prêmio consolação : atuação de João como o bom rapaz do teatro e grande articulador das artes!!!Muito bom ator!!!




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    1. Eu nem vou comentar o post todo, porque só o começo já diz a que veio: "Não concordo com Roberto de Abreu quando diz que vai fazer campanha a favor de João Omar para ser secretario de cultura,tá louco???" Você pode não concordar que João Omar seja o nome para a Secretaria, mas não concordar que Roberto exerça seu direito de fazer campanha não é demais? É isso. Vocês estão trocando as bolas e se confundindo, gente! Cada um de vocês vem aqui e grita o que considera verdade e até que todos não tenham concordado ou desistido do debate vocês vão continuar berrando suas verdades! Sobre as cenas se elas foram resultado de pesquisa breve ou intensa, se as pessoas tem anos ou dias de teatro, realmente não vem ao caso, porque como já disse o festival é de Cenas Curtas e não de Curriculum. Sobre o fato de o que as pessoas vão fazer com o dinheiro do prêmio, pouco me importa, O Festival premia a cena e não é um edital de montagem para uma nova cena. Talvez vocês estejam pedindo a coisa errada. O fato é que as cenas que receberam MERECIDAMENTE gostem vocês ou não os prêmios que merecerem - vocês não são o mundo, o gosto de vocês é só o gosto de vocês, por mais que vocês façam muito barulho - e deram um ar novo ao surgirem no Festival. Foi assim que nós percebemos, será que vocês podem ter a decência de aceitar que algumas pessoas pensam diferente de vocês e não destruírem todo mundo só porque vocês não concordam? Meu Deus! Eu não posso falar sobre porque essa ou aquela cena não ganhou. Não tomei as decisões sozinha e não posso dar esse retorno aqui, neste espaço para vocês. Mas, estou de algum modo sinalizando alguns critérios que, insisto, AINDA QUE VOCÊS NÃO GOSTEM, NÃO CONCORDEM, eles existem, foram usados e o resultado do Festival é um fato. Agora digo mais uma vez, enquanto ficarmos brigando entre nós mesmos, falando da mesma coisa - esse post não é sobre o Festival é sobre a proposta da criação de uma Secretaria de Cultura na cidade que eu sei que não é ideia minha EU DIGO ISSO NO POST!!! Mas não, o objetivo agora é destruir a inimiga Adriana Amorim essa chata doutoranda que veio se exibir na sua terra natal!!! É isso! A sorte é que vocês, apesar de fazerem um bom barulho não são os únicos, não são se quer a maioria. E,a despeito de tudo o que dizem, falam mal e reclamam, as coisas estão acontecendo, mesmo com vocês jogando contra, atuando como rival! Paciência. Uma pedra a mais uma pedra a menos no caminho, não há de fazer diferença. Drica

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    2. aquela coisa do primeiro lugar é tããããão manjada e foi tãããão mal executada, realmente o povo saiu desorientado. Insossossosso foi subversivo e tal, nada inovador também. Eles não levaram pro teatro pensando na transversalidade da arte, levaram aquilo lá simplesmente pq era o que tinha pra hj, mas vamos botar umas pessoas pra fazer uma participação rapidinho pq vai ficar parecendo curta-metragem. hahahaha

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  6. "Mens sana, corpore sano"... Há mais ou menos oito anos o Governo Federal vem trabalhando para implantação do Sistema Nacional de Cultura. E dentro do Sistema, para quem já tem a cartilha que foi feita pelo Governo do Estado, além das que temos acesso no site do Minc, esse sistema tem como condição sine quat non essa autonomia das Secretarias de Cultura, Departamentos de cultura, também acordado em protocolos de intenções, etc. Estive no encontro nacional para implantação dos sistemas municipais de cultura, em Salvador, e pasmem, das capitais e metrópoles brasileiras presentes, a única que não estava foi Salvador!!! Quando na oportunidade, eu que não tinha sido convidado e entrei de penetra e fui bem recebido por eles, disse que para nossa vergonha Salvador não estava participando, mas fomos salvos pelo gongo por ser a Universidade Federal da Bahia a administrar essa metodologia no país. Bem, tem muito o que falar, mas resumidamente nós de Conquista, já tendo passadas três conferências de cultura e inúmeros encontros com classe artística, estamos alinhados com esse processo, além de ter a metodologia adotada pela Escola de Administração da UFBa. Só para título de curiosidade, esse alinhamento União, Estado e Município, no país, só será possível em 2013. Antes disso só planejamentos e estruturações prévias, pois só recentemente as Pecs foram aprovadas. Nesse ano de 2013 várias cidades no país terão Sistema Municipal de Cultura. Esperamos sim que nessa nova fase da gestão, quem quer que esteja nesse setor, dê continuidade a esse processo, pois o Plano Municipal de Cultura vigorará pelos próximos Dez anos. É um momento oportuno para a cultura em Vitória da Conquista se estruturar. Nesses anos raros foram os políticos que encontrei que tivessem uma noção de cultura, de arte em geral. Guilherme é uma pessoa que nos surpreende com o conhecimento que tem de obras e gêneros artísticos quando em conversa citamos algo. Se Ser cult é preciso, longe da elitização que esse termo "cult" provoca e suscita isso em meios que só se importam com as aparências e as superficialidades, além de siglas que parecem mais nomes de remédios (rsrs), o nosso prefeito terá não somente a sensibilidade mas também a clareza de compor esse projeto de governo com a transparência de sempre... foi encantadora a forma de suas citações elomarianas

    João Omar
    (POSTADO ORIGINALMENTE NO FACEBOOK E TRANSCRITO PARA CÁ COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR À ADMINISTRADORA DO BLOG).

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  7. João Omar viaja mais que faz algo para a cultura de conquista. Os fatos são esses. Espero que ele não seja o próximo secretario, porque como dirigente infelizmente contribuiu muito pouco. E isso não tem nada a ver com o cenas curtas, é só observar. Perceber nesses anos a pouca atuação em prol da nossa cultura.

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  8. Que bonitinho você citar as conferências Jõao,as quais nunca participou...Pelo menos nunca vi, nem como articulador/nem como mero participante.Se lá apareceu foi sempre como uma figura poética sorrindo levemente, parecendo um turista.Então acredito que estas suas intensões agora seja exatamente por conta da possibilidade de querer ser um novo secretario???
    Até o Fórum Permanente que você fingiu estar a frente não funcionou.Mas vou lançar uma proposta,ser propositivo,afinal o post sugere isto.Vamos deixar para debater em janeiro depois que a nova equipe assumir.PORQUE ESTA CLARO ATÉ COM A ELEIÇÃO DE SEGUNDO TURNO QUE TERÁ QUE TER RENOVAÇÃO e a cultura precisa aliar-se e seguir em frente.Como também dar encaminhamento as propostas das conferências,você sabe quais foram???Pelo menos uma???E aindaa fala da metodologia que foi utilizada????Me faça uma garapaaaaaaaaaaaa!!!

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